Luis Humberto Martins Pereira (Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1934 – Brasília, 12 de fevereiro de 2021) foi um fotógrafo e arquiteto brasileiro.[1][2]
Formou-se em 1959 pela atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Começou a carreira trabalhando como desenhista no Ministério da Educação e Cultura. Dois anos depois, mudou-se para a recém-fundada Brasília, acompanhando a sua mulher, Eloah, que era funcionária da Câmara dos Deputados.
Aceitou o convite do arquiteto e pintor Alcides da Rocha Miranda, primeiro coordenador do curso de arquitetura de Brasília, para ajudar a estruturar a UnB. Trabalhou em projetos de edifícios e deu aulas de desenho para turmas de arquitetura, artes plásticas e música.[3]
Foi um dos 223 professores que deixaram a UnB em 1965, em protesto contra a demissão de 15 colegas pelo reitor Laerte Ramos. Ficou afastado da Universidade durante todo o regime militar, voltando apenas em 1985, como professor da Faculdade de Comunicação.[4] Durante esse período, trabalhou como fotógrafo, destacando-se pela sua atuação nas revistas Veja (1968 a 1978) e IstoÉ (1978 a 1982). Foi o primeiro editor de fotografia do Jornal de Brasília, fundado em 1973. Foi um dos fundadores da União dos Fotógrafos de Brasília, entidade pioneira no gênero no Brasil.[5]
Recebeu em 2015 a Ordem do Mérito Cultural.[6] Morreu em 12 de fevereiro de 2021, em Brasília, de complicações decorrentes de um linfoma no sistema nervoso central.[7]
Darcy Ribeiro dizia que só se faz sábios com sábios. E um dos sábios que vieram para a Universidade de Brasília é o arquiteto e fotógrafo Luis Humberto. Em Brasília, ele se afirmou na condição de um dos mais importantes nomes do fotojornalismo brasileiro. Ele cresceu com a cidade, viveu a utopia e a distopia.
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1934, mas reside em Brasília desde 1962, tendo integrado o grupo de professores fundadores da Universidade de Brasília (UnB), primeiro como professor de arquitetura e urbanismo e posteriormente de fotografia ¾ disciplina na qual foi o primeiro professor titular numa universidade brasileira, em 1992.
Formado em arquitetura, em 1959, pela Faculdade Nacional da Universidade do Brasil (atual Universidade Federal do Rio de Janeiro), Luis Humberto trocou a arquitetura pela fotografia em 1966, destacando-se sobretudo nas revistas Veja (1968/1978) e Isto É (1978/1982); assim como diretor de arte e editor de fotografia do Jornal de Brasília (1973); tendo colaborado igualmente com outras publicações da Editora Abril, entre as quais as revistas Quatro Rodas, Cláudia e Realidade. Durante os anos de 1985 e 1986, foi diretor-executivo da Fundação Cultural do Distrito Federal, assumindo em seguida a direção da Divisão de Foto-Imagem da Fundação das Pioneiras Sociais, passando a se dedicar integralmente ao ensino a partir da década de 1990.
Luis Humberto desenvolveu também intensa atividade como fotógrafo de expressão pessoal, dividindo-se entre a documentação da paisagem urbana de Brasília e os sensíveis ensaios intimistas de caráter autobiográfico. A síntese desta linha de trabalho foi a exposição, que virou livro em 2010: Do Lado de Fora da Minha Janela, do Lado de Dentro da Minha Porta. Publicou dois livros de ensaios, o primeiro dos quais, Fotografia: Universos & Arrabaldes, que inaugurou a Coleção Luz & Reflexão da Funarte, em 1983. Inaugurou também a Coleção Senac de Fotografia; e publicou ainda Brasília, Sonho do Império, Capital da República (1981). Muito respeitado por seus colegas, foi o grande homenageado do Festival Internacional de Fotografia de Porto Alegre, em 2009.


